terça-feira, 7 de agosto de 2012



"Para meu coração teu peito basta,
para que sejas livre, minhas asas. 
De minha boca chegará até o céu
o que era adormecido na tua alma. 
Mora em ti a ilusão de cada dia
e chegas como o aljôfar às corolas. 
Escavas o horizonte com tua ausência,
eternamente em fuga como as ondas. 
Eu disse que cantavas entre vento
como os pinheiros cantam, e os mastros 
Tu és como eles alta e taciturna. 
Tens a pronta tristeza de uma viagem.
Acolhedora como um caminho antigo,
povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Despertei e por vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam em tua alma”. 
-Pablo Neruda- 

Nenhum comentário:

Postar um comentário